Era a hora de juntar as peças para formar o grande quebra cabeça, e assim entender com o passado o presente. Não pense que daria mastigado, não é assim que funciona, curso pronto com as apostilas todas prontas que encontramos por aí nos simpósios esotéricos dos workshops.
Para o Buscador nada é fácil, não vem pronto e sim são sinais que aprendemos decifrar, rastros que aprendemos encontrar e assim formar o traçado do caminho.
Esta era a hora de juntar tudo, porque muitos já desistiram e se foram, mas até isso estava previsto. Mentor diz que é preciso aceitar as perdas, que as perdas fazem parte da vida aqui na Terra. Mas mesmo assim não me acostumei às perdas, ele então disse que vou ter que aprender a trabalhar isso. Mas quem sabe lhe dar com as perdas? Sinto falta de muitas coisas que perdi, o tempo que perdi imersa no poço das tristezas, amigos que se forem devido ao nosso alheamento. Sei que aceitar o que não podemos mudar é consciência, mas é difícil demais. Só que se não aceitamos estamos gerando sofrimento, então é preciso aceitar por mais que seja doloroso. Se não está aqui conosco, é porque não era para está. Não queremos aceitar que tudo está em seu devido lugar, mesmo que esse lugar não seja ao nosso lado. Digo isso em relação a alguns amigos, amigos que estavam comigo aqui pertinho e sumiram, não vejo a meses.
Como em um quebra cabeças não sei por onde começar, o Mentor diz que saberei a medida que for caminhando, aprenderei a juntar o acervo mental disponibilizado nas lembranças do que foi vivido.
Às vezes penso que ele está dando-me crédito demais, eu mesma não acredito se conseguirei descrever as vivencias e o caminho.
É hora de juntar o sal, rever os rastros, porque as areias do tempo continuam a descer!
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