13/03/2011

7- Transição Interior




Quando não sabíamos caminhar mãos amorosas nos amparavam até aprendermos a dar os primeiros passos, tomo o exemplo das mães com seus bebezinhos. Mas quando aprendemos a andar, elas apenas observam, elas sabem que tombos virão, mas é preciso cair para aprender levantar. Porque sabe que não poderá ao longo da vida estar juntos aos seus filhos quando caírem.
As águias ensinam seus filhos a voar, sabe que o local mais seguro é o topo da montanha, mas é preciso ir ao vale para se alimentar e ter forças para subir mais longe.
            Nesta hora as vozes de fora silenciem, e as vozes de dentro também e sentimo-nos sozinhos e perdidos. Não compreendemos o porquê dessa hora, o que se passa dentro de nós, porque antes tínhamos alguém sempre nos ajudando, um mentor, um amigo. E pensamos: - eles abandonaram-me!
            Não, não houve abandono, só que não compreendemos isso de imediato. Porque achamos que além de não ouvi-los não conseguimos mais senti-los também. O que se passa? Perguntamos-nos. Onde estão aqueles que sempre disseram o melhor caminho, nos deram as mais gratificantes mensagens, nos protegerão quando precisávamos. Que aconteceu perguntamos? E nesse ínterim o caos se faz em nossa vida, conhecemos o fundo do poço e amargamos uma tristeza sem fim. E maldizemos a tudo por estarmos sozinhos. (Perdoe-me o “nós” é que aprendi a falar de mim assim)
            E passa o tempo e tudo que é pequeno fica tão grande, como uma tempestade de fato em um copo d´água. E o que deveria crescer ou ser grande diminui tanto que não é possível mais ver, sentir, ouvir, tocar.
            Tudo nos parece uma fatalidade! Parece o fim do mundo!
            Só que o Ego nos deixa tão presos olhando o umbigo, caminhando em círculo em torno dele, que não conseguimos ver além, algo muito, muito maior e mais profundo.
            E cegos não dos olhos físicos e espirituais, cego do coração ficamos parados ali em torno do escombro, da casa derrubada ou deixada pelos mentores nossos, nossos amigos de longe.
            Somos tão egoístas que não conseguimos tirar o EU do centro das atenções, erguer a cabeça e olhar para fora, ao redor.
            Mas sempre digo, que tudo tem seu tempo e até para isso é preciso esperar. Se eu me integrar no Todo e interagir no atemporal verei que nunca estive sozinha, que eles sempre estiveram ali me observando, eu erguer os olhos e ver. Que eles estavam ali prontos para me dar as mãos e compartilhar comigo o Todo, só que eu olhava para fora em vez de olhar para dentro além do que determina espaço ou denomina como se fosse matéria.
            Há um lugar que não tem cercas e nem fronteiras, há um Consciência Maior que não tem nomes e nem imagem, Ela simplesmente É.
            O Cristo disse: Eu e o Pai Somos
            Quando o Cristo repartiu o vinho e o pão e disse que era seu corpo e sangue, os Seus ensinamentos  era Seu Espírito.
            Quando Paulo de Tarso dissera que era o Cristo que vivia nele, era como dizer: SOMOS UM.

Fico por aqui, paz e luz.

Gálatas cap. 2 vv 20 “...e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim;”
   11/01/2011        

Nenhum comentário:

Postar um comentário